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Roteiro de Viagem em Havana, Cuba, na famosa ilha de Che e Fidel

Roteiro de Viagem em Havana, Cuba, na famosa ilha de Che e Fidel

Havana é uma cidade singular. Para descrevê-la, não tem como não recorrer aos batidos clichês: cidade da música, da dança, dos charutos e do passado. Sim, a primeira impressão que temos quando chegamos à Havana é de retorno ao passado. Casarões, carros antigos e prédios suntuosos marcados pela ação do tempo.

E como já mencionei no post de nosso Planejamento para Cuba, pessoas amigáveis até demais da conta por todos os lados.

 

Para visitar a principal cidade da Ilha do Fidel, nos preparamos lendo vários relatos e o melhor mesmo é dividir a cidade em partes, dependendo dos dias disponíveis. Nós dividimos em 4:

 

Mapa com os principais pontos do que visitar em Havana, Cuba

 

Pontos Turísticos por Prado e Centro em Havana, Cuba

A região do Prado e Centro foi a escolhida para nos hospedarmos e posso dizer que a escolha foi perfeita. Dava para ir a pé a 80% dos pontos que gostaríamos de conhecer e o mais legal era que nessa região dá para sentir o gostinho do cotidiano de Havana.

Por aqui é necessário andar e se perder um pouco pelas ruas com seus casarões e carros antigos.

 

Começamos nosso passeio conhecendo o restaurante La Guarida, que ficava somente a uns dois quarteirões da nossa casa particular. O famigerado restaurante fica em um prédio velhinho, bom para fotos, onde moradores se misturam com turistas que se misturam com os trabalhadores de restauração do prédio que se misturam com o pessoal que trabalha no restaurante.

 

Depois foi a hora de curtir o Malecón, que é a avenida beira mar de Havana. Sinceramente eu pensado que seria mais bonito. Tem até um monumento dedicado a Antônio Maceo, que teve um grande papel durante a independência do país. O legal mesmo foi ver moradores curtindo o mar que estava meio de ressaca, jogando conversa fora ou mesmo pensando na vida.

 

Andando pelo Malecón chegamos ao Castilho de San Salvador de la Punta. A fortaleza serviu durantes anos como proteção e porta de entrada para o porto de Havana. Dentro das salas há algumas exposições e maquetes de diversas fortalezas espalhadas pelo mundo.

O legal é que da fortaleza dá para se ter uma visão diferente do Malecón e da Fortaleza de La Cabaña.

 

O próximo ponto que visitamos foi o Passeo de Martí, que é um calçadão arborizado onde os adolescentes se encontram após a escola durante a semana e nos finais de semana várias barraquinhas são montadas para a venda de artesanato local.

É legal prestar atenção nos prédios que estão nas avenidas paralelas…É cada um mais bonito que o outro, alguns estão sendo restaurados, mas vou falar que a beleza/charme está também nessa decadência.

 

No final do Passeo de Martí chegamos a parte mais suntuosa de Havana a região do hotel Inglaterra + o Grande Teatro de Havana + Capitólio.

Com um jeitão europeu de ser, essa região de Havana contrasta com as ruas que estão adjacentes ao local. Prédios com cores claras, áreas mais abertas, limpas. Já nas ruas adjacentes encontramos a Havana de raiz, a de 60 anos atrás como descrito antes. Um choque total.

Como todo bom viajante faz subimos até o terraço do hotel Inglaterra para admirar Havana e o seu caos de cima. Vale a pena, viu! Se quiser se refrescar do calor o bar do hotel tem um preço razoável, pensando em Havana, ok.

 

O Capitólio que é uma cópia do Capitólio dos EUA, está em reforma. Os tapumes estragaram a brincadeira das fotos. Mas mesmo assim surpreende.

 

Por fim, mas não menos importante o Grande Teatro de Havana. O prédio é muito bonito, mas não entramos para conhecer. Vimos que havia um espetáculo em exibição, porém o preço não era dos mais amigáveis.

 

Para fecharmos o circuito Prado e Centro, fomos na fábrica de tabacos Partagas e ao Floridita. A fábrica para conhecer a lojinha e comprar os famigerados charutos, e o no Floridita para beber o famoso daiquiri e bater um papo com o nosso colega Hemingway. É tanto que voltamos lá mais uma vez.

 

Pontos Turísticos por Havana Vieja em Havana, Cuba

A região da Havana Vieja é a região da cidade que mais está sentindo os efeitos do crescimento do turismo no país.

A maioria dos casarões estão restaurados exalando cheirinho de pintura fresca, sabe. E com isso atraindo a massa de viajantes / turistas para essa região. Aqui vimos que a música e dança não param e que nos bares, cafés a ordem é curtir o momento.

 

O ponto de partida foi a rua o Bispo, a rua principal onde se encontram a maioria das lojas e bares restaurantes. Dois pontos de paradas interessantes foram as farmácias Taquechel e a Johnson. As duas em prédios imponentes e com o ambiente interno de farmácias antigas, com os seus potinhos de louça.

 

 

A rua o Bispo termina no Palácio de los Capitanes Generales nas Plaza de Armas. O palácio que hoje é museu foi o local do governo de Havana na época colonial.

 

De lá passamos na frente do Castillo de la Real Fuerza, uma fortificação de 1550, mas que no final das contas não chamou muito a nossa atenção.

 

Demos mais uma voltinha e formo em direção a Praça da Catedral. A praça é muito bonita, bem em estilo colonial e com vários prédios legais, como o Museu de Arte Colonial, Palácio de los Marqueses de Aguas Claras e o Palácio de los Marqueses de Arcos.

 

Aliás, no Palácio de los Marqueses de Arcos tivemos nossa primeira experiência, pode não pode mas… Já era tarde da noite e aí passando na frente vimos que as portas do local estavam abertas, o segurança disse na boa para a gente poderia visitar, quem nunca! Visitamos o local sozinhos ele explicando o que estava sendo restaurado e tal, depois ele pediu uma ajuda…. Foi-se 1 Euro, mas valeu a pena… O lugar na minha opinião é mais bonito a noite.

 

Até chegar na parte mais cultural do nosso passeio passamos pela la Bodeguita del Medio, para dar um up com um mojito e ver a famosa frase de Hemingway, olha ele novamente: “My mojito in la Bodeguita. My daiquiri in El Floridita.” O lugar estava apinhado de gente! O lance é ter paciência para pegar a sua bebida e curti-la sentadinho na calcada ouvindo a música e apreciar quem sabe dançar. Ah! E claro deixamos nossa marquinha por lá. 😛

 

Depois foi a hora de um pouco de história e fomos para o Museo de la Revolución, que fica no antigo palácio do ditador Fulgêncio Baptista. O museu é muito interessante, pois conta a história da revolução desde o início da guerrilha até meados de 1990.

Como destaque para mim foram o enorme tonel de arrecadação para a reforma agrária, a linda e enorme bandeira de Cuba pendurada do pátio interno do prédio e claro o famoso painel Rincon de los Cretinos :O A deslumbrante sala dos espelhos estava em reforma que mesmo assim nos encheu os olhos…

 

Leia com mais detalhes sobre nossa visita ao Museo de la Revolucion em Havana, Cuba.

 

O Memorial Granma é acessível a partir do museu, e lá são expostos diversos veículos usados durante a revolução, partes de aviões dos EUA abatidos durante a Guerra Fria e etc. Mas a menina dos olhos é o iate Granma que trouxe o comandante Fidel e demais guerrilheiros do México para o início da luta armada contra o governo de Fulgêncio Baptista.

 

Quando estamos viajando nós adoramos conhecer locais que servem lanches… É somos aficionados para conhecer sanduicherias, principalmente quando o lugar é bem avaliado entre a população local. Assim fomos na sanduicheria La Bien Paga que é muito boa, comida farta e barata. Selo Genoveva de qualidade.

 

Pontos Turísticos por Vedado em Havana, Cuba

Nesta área se encontram os monumentos de impactos e foi lá que eu senti aquele uhu!, por estar conhecendo um local único, especial… Felicidade de viajante, sabe.

Para chegar a área do Vedado fomos de hop on e hop off. A primeira parada foi na monumental Praça da Revolución, onde se encontram as esculturas de Che e de Camilo Cienfuegos, nos prédios do Ministério do Interior e Ministério da Ciência e Tecnologia, respectivamente.

 

Retomando os sentidos, fomos visitar o Memorial José Martí, uma torre com 109 metros de altura, onde há um pequeno museu que conta a história da revolução e independência de Cuba e claro a área de observação de onde vimos lindas vistas de Havana.

 

Andando pela área do Vedado, que é beeem diferente de Havana velha, chegamos na praça onde está o monumento a John Lenon. Interessante, se posso assim dizer… O mais legal mesmo é o restaurante que fomos que fica no prédio a União Francesa.

 

De lá fomos em direção ao Monumento a José Miguel Gómez, bem bonito por sinal, passando pela Avenida 23. Depois pegamos o hop on hop off para dar uma volta geral e fomos até a região do aquário Nacional de Cuba, embaixadas e a Necrópolis.

 

Descemos no hop on hop off na Universidade de Havana, para tirar aquela foto de suas escadarias e fomos descendo em direção ao hotel Nacional, mas antes paramos no hotel Tryp Habana Libre que tem um mosaico muito bonito, La Fruta Cubana, da artista cubana Pelaéz.

 

Fomos também tomar um sorvete na sorveteria Coppelia mega famosa entre os cubanos, e posso dizer um orgulho nacional. O prédio é todo estiloso e internamente tem um formato que lembra um sorvete de casquinha. Vale a pena esperar uma mesa para tomar o sorvete e observar o que está ao redor. E o sorvete é bom viu!

 

O último ponto foi o famigerado Hotel Nacional. É bonito? Sim. É cheio? Lotaaado. Também sendo o mais famoso de Cuba e por ter hospedado grandes nomes não tem como… Do jardim do hotel há uma bela vista do Malecón, mas como já estava de noite as fotos não traduzem a beleza…

 

Pontos Turísticos por Casa Blanca em Havana, Cuba

Vou chamar esta área de Casa Blanca, pois fica lá na pontinha de Havana, o finalzinho da parte turística da cidade englobando o terminal de ferris e realmente o bairro Casa Blanca.

Saindo da muvuca da rua o Bispo, fizemos uma parada na loja do museu do chocolate. Ficamos quase 30 minutos na fila do lojinha para comprar somente dois, isso mesmo, dois bombons… Ainda bem que eles eram muito bons!!! Mas caaaros, e só tinham dois tipos de bombons então não dava para ficar enrolando. Pensando bem não dá para entender a demora, e a fila.

 

De lá achamos sem querer a Plaza Vieja, ou praça velha, praticamente restaurada. Por lá por incrível que pareça, nos casarões estão lojas de marcas internacionais, destoando totalmente do resto do clima da cidade. É tanto que nem ficamos muito por lá…

 

Passamos também pela Basílica San Francisco de Assis, cuja praça é belíssima e depois mudando de ares pela igreja ortodoxa Nossa Senhora de Kazán. Só um pequeno contraste entre as duas 😀

 

Do lado da igreja ortodoxa se encontra o museu do rum do Havana Club. Nós tentamos sem sucesso fazer uma visita guiada, o último horário é às 17:00, por isso demos somente uma volta no pátio e o maridovisk foi tomar o seu rum de cada dia no bar do museu. Tudo isso regado a muita música.

 

Atravessando a avenida fomos para o terminal de ferris pegar a lancha em direção a Casa Blanca, para assistir o canhonaço. O último sai às 18:00 depois para chegar do outro lado só taxi… O valor da passagem é de 1 CUC/pessoa.

 

Chegando à Casa Blanca subimos o morro em direção à la cabana de Che Guevara, que estava fechada e ao El Cristo de La Habana. Mesmo a casa/museu do Che estando fechada, fomos presenteados com um belíssimo pôr do sol atrás do skyline de Havana. Ah, nesta hora demos uma contribuição ao segurança do local, pois tudo já tinha fechado 😛

 

Passamos rapidamente pelo El Cristo de La Habana, e fomos em direção à fortaleza de San Carlos de la Cabana. A fortaleza é a maior construída pelos espanhóis nas Américas e a sua construção data de 1774.

 

A fortaleza nunca exerceu sua função de proteção a cidade de Havana, sendo que serviu de prisão durante a ditadura de Batista e como quartel general para Che durante os anos da revolução.

Como chegamos no finalzinho da tarde, já que a prioridade era ver o canhonaço não visitamos o local por completo, só para deixar anotado ele é enorme.

 

Tem vários pequenos museus e nichos para visitar, durante a noite tem uma feirinha de artesanato local e barraquinhas de comida. Mas o que mais gostamos foi visitar o museu dedicado a Che Guevara, melhor! O local que era o seu escritório enquanto ele ficava por lá.

Tem vários objetos do Che, cartas, e etc… O interessante é que a senhora que cuidava do local falou que podíamos ver a cadeira do Che de pertinho e tals, foi meio estranho, mas não perdemos a oportunidade, e claro que demos uma pequena contribuição para ela…

 

Para assistir o canhonaço compramos um ticket que dava o direito de sentar em um lugar especial + lanchinho e bebidas que até valeu a pena, pois o cansaço bateu pesado no final do dia #idadeavancada.

 

O canhonaço pode até ser programa bem turístico, mas os cubanos também vão em peso e tem orgulho dessa demonstração. A demonstração ocorre todos os dias desde o século XVIII, e mesmo com a intervenção dos EUA, Cuba conseguiu mantê-la mesmo com um único tiro todo dia às 21:00. Essa demonstração pode servir como um belo fechamento, que foi o nosso caso, de viagem na terra do comandante Fidel.

 

Esse foi nosso roteiro de três dias em Havana, capital de Cuba. Realmente uma viagem bem diferente do tradicional, interesses turísticos e históricos muito importante e que merecem ser visitados por todos.

 

Leia também nosso roteiro de viagem para Varadero e a linda ilha de Cayo Blanco.

 

 

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