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Planejamento de viagem para Cuba, cidades de Havana e Varadero

viagem cuba havana varadero - capa

Escrevo este planejamento ouvindo a canção “Hasta Siempre Comandante”, que marcou a nossa passagem pela terra do rum e música.

Vai ser um Prepara diferentão, pois além das dicas normais vou dar um prepara bem breve sobre o que esperar de Cuba, especificamente de Havana, mas também um pouco de Varadero.

Cuba é um país ímpar. Claro que cada país tem características marcantes e histórias fascinantes, mas visitar um país como Cuba não tem igual. Quem não conhece a história de Che, quem não conhece Fidel e a crise dos mísseis durante a Guerra Fria!!!

O país está mudando rapidamente, principalmente depois da morte de Fidel Castro e por isso aproveitamos nossas férias no Brasil para conhecer um teco do país antes da invasão dos cruzeiros, Mc Donalds, Starbucks e etc.

Como disse é uma história fascinante e ainda tivemos a sorte de poder conversar por horas com uma senhora muito simpática que fez correr por água abaixo muitos mitos que existem sobre a terra do Fidel.

Cuba sim tem muitas restrições e o embargo imposto ao país é sentido diariamente por sua população.

Isso é facilmente visto andando pela Havana Vieja, prédios desgastados pelo tempo, lixo pelas ruas, ruas esburacadas ou em reformas deixadas pela metade, má iluminação…. São coisas que mesmo para nós brasileiros, acostumados ao nosso caos diário nos salta aos olhos.

 

Com todas essas imperfeições Havana exala ainda uma opulência sem igual… Até agora fico imaginando como Havana seria no seu auge… Porque tem tanto casarão bonito, monumentos, teatros, calçadões, prédios que não ficam atrás de capitais europeias. Particularmente, não achava que seria assim. Foi uma surpresa agridoce.

 

Não só a camada de concreto encanta, as pessoas também. São amigáveis desde o primeiro contato, seja na rua, nas casas particulares, nos hotéis. Coisa que estranhamos mesmo sendo da terra do povo mais amigável do mundo.

E foi com essa facilidade que a senhora que nos acompanhou na viagem de retorno ao Brasil, contou como é o cotidiano dos cubanos.

Um dos principais mitos a irem para o ralo é a restrição a alimentos, produtos de higiene e etc, aquele papo de bicho papão, sabe. Na verdade cada pessoa tem o direito de comprar uma quantidade de x de qualquer coisa por mês a preço de custo, já que o produto é subsidiado pelo governo. Caso ela queira comprar mais ela pode, porém vai pagar um valor mais alto e geralmente em CUC. Vou explicar mais sobre CUC e CUP no tema dinheiro.

 

Outro exemplo, se a pessoa quiser um shampoo diferente ela vai ter que pagar um valor bem mais alto e geralmente o valor também é na moeda usada pelos turistas que visitam a ilha, CUC.

Nós presenciamos essa diferença de valores quando visitamos o museu do chocolate…. Enquanto um local comprou quase um quilo de chocolate e pagou por volta de 100 CUP, nós pagamos por três míseros bombons 48 CUP = 2 CUC.

Claro que há coisas estranhas, por exemplo, ela nos contou que há datas estipuladas pelo governo para comprar determinadas coisas. Enquanto nós estávamos em Havana vimos o dia da compra de ovos. Filas imensas nas portas dos estabelecimentos que os vendiam. Cada um tentando comprar sua bandejinha a preço de banana.


 

Quando o assunto então é medicamentos é vergonhoso. Lembro que enquanto morávamos no Brasil o meu medicamento da asma não saía por menos de 200 Reais… Isso a 5 anos atrás! Ela disse que um medicamento desse sai por volta de 25 CUP!!! O restante subsidiado pelo governo!!! E isso é ridiculamente mais barato do que eu pago na Alemanha.

Dentre outros casos contados por ela e experiência vivida por nós, no balanço geral não há uma variedade enorme de produtos à venda para a população, mas tem. E sem restrições. Só depende se a pessoa em questão vai querer pagar a mais por isso ou não.

Partindo desse ponto de vista, ela frisou que o turismo é a melhor fonte de renda para o cubano, e isso se deve ao fato que ao trabalhar com turismo eles recebem em CUC. O poder de compra do CUC é 24 vezes maior que a moeda nacional CUP, o que facilita bastante o acesso a produtos específicos.

Quando a questão é violência perdemos feio para os cubanos, dá para imaginar uma praça cheia de pessoas sentadas uma ao lado da outra com celular em mãos tentando a sorte com a internet da sofrência sem ser roubado? Ou mesmo andar a noite pelas ruas de Havana Vieja sem ser assaltado, seguido ou outra qualquer coisa? Então por lá é assim… Shame on you Brasil!

Em apenas 7 dias em um país, só dá para ter uma ideia superficial do que é a vida em Cuba, mas faz a gente fazer uma pequena reflexão de tudo o que temos ao nosso dispor… É de viagens assim que nos faz crescer, não?

Agora vamos com a parte prática.

 

Transporte e Visto para Cuba

Como chegar em Cuba? Tem várias opções de vôos com conexão a partir do Brasil, via Panamá, Colômbia ou EUA. Nós escolhemos ir via Panamá com a Copa Airlines.

Nós só paramos no Panamá para fazer a escala, porém o blog amigo Caminhos me levem escreveu um post sobre tudo o que fazer na Cidade do Panamá.

O legal de ir com a Copa Airlines é que ela oferece o serviço de compra da tarjeta turística vulgo visto, válido por 30 dias, 20 dólares por pessoa com pagamento em cash, antes do embarque para Havana. Tem uma atendente no portão de embarque para Havana, vendendo as tarjetas. Simples assim, sem dor de cabeça com consulado e etc.


 

Continuando no quesito transporte, dentro de Cuba nós utilizamos tudo o que nos estava disponível: transfer, os táxis antigos, os famigerados Coco táxi, ônibus, ferri e claro sola de sapato.

Transfer. Nós o usamos na chegada e saída de Havana. O Davi da casa particular que nos hospedamos, arranjou tudo certinho. Os motoristas foram pontuais e os carros eram até que novos. O preço do transfer foi de 30 Euros/trajeto, nada mais justo já que o aeroporto fica quase a 25 minutos do centro velho de Havana.

Taxi antigos. Para poder passear por Havana, nos carros charmosos e mega coloridos, o pessoal cobra uma média de 40 Euros/hora. Eu achei caro e acabamos não fazendo o passeio. Mas, pegamos um táxi depois da apresentação do Canhonaço até a Havana Velha e a corrida foi de 10 Euros, o cara quis dar um golpe na gente, mas vamos lá né… Querendo dar o golpe em macaco velho, aff… Então para usar os táxis antigos é só ter um pouco mais de atenção, principalmente à noite.


 

Coco táxi. Depois dos carros antigos, os cocos táxis são a outra marca registrada de Havana. É uma corrida com emoção, como aquela motinho corre! É melhor se segurar bem… O preço para nós saiu também 10 Euros, saindo do hotel Nacional até a Havana Velha.



 

Ônibus. Fomos e voltamos de Varadero com ônibus. Compramos os tickets na ida no hotel Inglaterra e na volta com o guia que estava esperando uns italianos… Preço total 100 Euros. Ônibus confortável, com ar condicionado, mas não espere pontualidade, tá.

Hop on Hop off. Foi a nossa primeira experiência em um ônibus desse tipo. Foi útil para visitarmos as partes mais afastadas do centro de Havana, como a praça da Revolucion e a região do Prado. Custa 20 Euros/pessoa e você pode usá-lo das 9:00 às 18:00.

 

Ferri. Para assistir o canhonaço ao invés de irmos de táxi, decidimos pegar o ferri em direção à Casa Blanca. A estacão dos ferris fica praticamente na frente da fábrica do Havana Club. A viagem levou uns 15 minutos e custou 1 Euro/pessoa. A única coisa ruim é que o último ferri é as 18:30, então na volta precisa ser de táxi.


 

Hospedagem

Casa de David y Lydia. Em Havana, ficamos em uma casa particular, a Casa de David y Lydia. Localização perfeita bem no meio da Havana Vieja, na calle San Miguel, assim deu quase para fazer tudo a pé. O David e a recepcionista foram mega gentis e prestativos durante a nossa estadia. O nosso contato foi feito todo por e-mail sem perrengue nenhum. Ah! Se optarem por ficar aqui já deixo claro que o café da manhã e o jantar são fartos e deliciosos!! Conseguiram o selo genoveva de qualidade 😉


 

Meliá las Antilhas. Já para ter um pouco de relax, em Varadero optamos em ficar em um resort all incluse. Olha, a escolha não foi fácil. Tudo é muito caro. Caro, mesmo! Depois de muito ler reviews principalmente de alemães e suíços pelo Tripadvisor, de ver custo, localização e tudo o que possa imaginar optamos pelo las Antilhas… O resort é muito bom, comida razoável, achei o buffet melhor que os restaurantes à la carte, limpo (tudo bem que a gente deixava uma gorjeta para ajudar), praia boa e com pouca gente e o diferencial era um resort só para adultos (ajudou para não ficarmos de coração apertado). Bom, como primeira experiência valeu a pena. Ah! A reserva é feita somente pelo site do Meliá…






 

Dinheiro

Cuba é um país caro, caríssimo… Isso mesmo! Ir para Cuba significa gastar muito para ter um serviço simples, singelo. Mas a experiência de visitar o país vale o custo.

Para Cuba leve somente Euros, pois 1 Euro = 1 CUC e 1 Dólar = 0,9 ou 0,85 CUC. Dólar nós só usamos para comprar os charutos e pagar o visto e só de resto foi tudo em Euros.

No país coexistem duas moedas, o CUC = Pesos Cubanos Convertíveis usado por estrangeiros e o CUP = Pesos Cubanos, a moeda nacional.

 

Nos hotéis, paladares, bares, transporte e nas compras de artesanato o CUC será a moeda utilizada e a conversão é fácil.

Só quando a gente queria comprar algo pequeno na barraquinha da esquina ou mesmo um sorvetinho a gente usou CUP. Nesse caso tivemos que tomar um pouco de cuidado para não dar dinheiro a mais. Pois, 1 CUC = 24 CUP. E as cédulas e moedas de CUC / CUP são parecidas… Só para ajudar.

Para não pegar notas erradas, as notas de CUC têm os monumentos históricos de Cuba, enquanto as de CUP são os grandes personagens históricos. Olha a sutileza…

 

Ah ia esquecendo!! Para trocar dinheiro existem as casas oficiais do governo, chamadas Cadeca. Tem uma no aeroporto e outras casas espalhadas por Havana. Por pessoa/passaporte pode-se trocar no máximo 100 Euros por vez. Nós achamos mais fácil trocar dinheiro diretamente no hotel em que nos hospedamos, já que a cotação era a mesma.

 

Internet

Aqui o lema é a internet da sofrência. Para nós que estamos online 7/24, chegar em Cuba e não ter Wifi foi o uó! Foi meio que um detox forçado.

 

Para acessar a internet, é necessário comprar um cartão como o cartão telefônico que tínhamos a uns 20 anos atrás e ir para uma praça com umas 200 pessoas tentar conexão. É verdade, viu olha o vídeo aí:

O cartão custa entre 2 – 2,50 CUC e dura 1 hora.

Ah! O roaming funciona bem… O usei várias vezes sem problema algum, já a conta nem quero ver 😛

 

Duty Free

Uma questão que ficou na caixola é se o aeroporto de Havana, tinha ou não duty free… Como viajamos somente com mala de mão, teríamos que comprar as garrafas de rum no aeroporto… E para a minha surpresa é que mesmo o aeroporto sendo simples, o duty free tava lá! Aberto 24 horas!!!



 

Foi uma mão na roda, já que o nosso voô foi às 7 da matina. Lá tinha toda variedade de Habana Club, e atendeu a nossa necessidade. Mas não espere muito mais do que isso… Para outras lembrancinhas é melhor comprar em Havana mesmo.

Uma última dica, visitem Cuba o quanto antes… é sério no nossa última noite em Havana, o primeiro cruzeiro vindo dos EUA tinha acabado de atracar na cidade, eh os ventos da mudança estão chegando por lá.

 

E para conferir os detalhes de cada cidade visitada, não deixe de ler os posts de Havana e de Varadero + Cayo Blanco.

 

 

Dicas para organizar melhor sua viagem

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