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Sobrevivendo ao trem da morte em nosso mochilão pela Bolívia

Histórias de Viagem - 01 - Trem da Morte, Bolívia, 2005

Podcast Histórias de Viagem #01 – Sobrevivendo ao Trem da Morte, Bolívia, 2005

 

No episódio de hoje, eu vou falar da história de quando nós nos aventuramos pelas linhas férreas bolivianas em nosso primeiro mochilão na América do Sul.

 

 

COMENTADO NA EDIÇÃO

Relato detalhado com informações e dicas no post: No Trem da Morte, de São Paulo à Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.

 

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TRANSCRIÇÃO / ROTEIRO DO EPISÓDIO

E aí, tudo bem? Eu sou o Edson Amorina do blog Ligado em Viagem e esse é o podcast “Histórias de Viagem” em que toda semana eu vou contar um causo que passamos em nossa aventura pelo mundo afora.

No episódio de hoje, eu vou falar da história de quando nós nos aventuramos pelas línhas férreas bolivianas em nosso primeiro mochilão na América do Sul.

Trem da Morte, Bolívia, ano de 2005.

Para nossa primeira longa viagem internacional, minha então namorada, um amigo e eu decidimos fazer um mochilão na Bolívia e Peru com destino final em Machu Picchu.

Nosso roteiro começa em São Paulo, onde pegamos um avião até a cidade de Campo Grande e depois um ônibus até Corumbá, que fica na froteira do Mato Grosso do Sul e onde entraríamos na Bolívia, mais especificamente na cidade de Puerto Quijarro.

Escolhemos essa cidade para ser onde pegaríamos o famoso Trem da Morte, sonho de muitos mochileiros sulamericanos.

A travessia de países, do Brasil para a Bolívia, já vale uma pequena história.

Nós descemos no terminal rodoviária em Corumbá e pegamos um taxi para o portão de imigração, fila pequena, conferência de passaporte e passagem ocorreram tudo correto. Já em solo boliviano, preocupados em não perder o horário do trem, nós pegamos outro taxi e só fomos perceber no meio do caminho a gambiarra em que estávamos.

A Bolivia importava muitos carros de países de mão inglesa, onde a direção do trânsito é invertida em relação a, por exemplo, o que usamos no Brasil, e em função disto os carros possuem o volante, indicadores e pedais no lado direito do painel.

E, claro, a Bolívia usa a mesma mão que a brasileira. Para compensar a diferença no carro, eles aplicaram o “jeitinho boliviano” e moveram o volante e pedais para o lado esquerdo, mas sem alterar o painel. Ou seja, o motorista dirige o carro e se quiser conferir velocidade, nível de combustível e óleo, ele precisa olhar para o outro canto do painel.

Enfim chegamos na plataforma de trem, fizemos câmbio do dinheiro, compramos as passagens e embarcamos no vagão normalmente usado pelos diversos turistas brasileiros e europeus que fazem esse trajeto.

Antes mais uma pequena história:

Existem várias lendas em relação ao seu apelido de Trem da Morte, muitas delas envolvendo a violência das diversas ditaduras sulamericanas, gangues bolivianas e até mesmo sumiço de mochileiros desavisados. Porém a história que é considerada por muitos como a verdadeira é que durante a construção dos trilhos e estações, houve um surto de malária que levou à morte de muitos dos trabalhadores. O trem já era apelidado como Trem da Morte muito antes do início de seu funcionamento.

A previsão da viagem era de algo em torno de 20 horas e estava correndo tudo bem.

Até que em uma das várias paradas que o trem faz, onde há a troca de passageiros e a entrada de vendedores ambulantes que oferecem desde frutas, sucos de laranja de baldes abertos e nacos de carnes com nozes embrulhados em papel de jornal, nós vemos uma muvuca de gente em torno de menino.

Nossa curiosidade foi alta e entrando na mutidão vimos que ele estava vendendo o filho de um macaco, que foi comprado por uma senhora por aproximadamente 20 reais em moeda local.

Detalhe que a mulher estava viajando com seu filho de colo e, claro, se sentava numa poltrona imediatamente ao nosso lado.

Mas OK, outra cultura, diferentes tipos de animais estimação… e conhecer essas diferenças é um dos grandes ganhos de viajar.

Porém nossa aventura símea não acabou por aí.

Algumas horas depois no cair da noite, minha namorada me acorda com a maior cara de medo possível e aponta para dois olhos brilhantes. O maldito do macaco tinha escapado de sua caixa e a estava encarando com poucos centímetros de distância! Após alguns momentos congelados, eu consegui acordar a senhora boliviana, que o pegou de volta e o guardou.

Susto passado, voltamos a dormir (com um dos olhos abertos claro…).

E foi na manhã seguinte, enquanto beliscávamos nosso café, que tivemos a confirmação que estávamos numa cultura muito diferente da nossa.

Nós começamos a ouvir guinchos bem baixinhos do macaquinho, barulhos esses que foram aumentando até se transformarem em pequenos gritinhos. Percemos então que ele estava era com fome, pois a senhora boliviana prontamente tirou um de seus peitos para fora e deu de mamar para ele.

(…)

Todos os turistas do vagão ficaram em silêncio na mesma hora… E vimos então que essa seria uma viagem para realmente nunca sair de nossa memória.

 

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