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Uma viagem para Marrakech em Marrocos de A a Z

Ano passado decidimos ir na contramão e passamos as festas de final de ano em Marraquexe no Marrocos, um país de lindos contrastes e culturalmente diferente de tudo que já pudemos ver nesse mundão afora.

E se você gosta de aventuras, mas não curte passar perrengues, é só ver as nossas lista abaixo que garanto que vai se apaixonar ainda mais por Marraquexe.

(Aproveitando, vamos discutir o nome da cidade: em português brasileiro o nome é Marraquexe e inglês a tradução é Marrakesh, já em francês, língua bastante falada em Marrocos, é Marrakech. Então você vai encontrar essas três versões nas suas pesquisas.)

 

Desbravando Marrakech no Marracos de A a Z

De A a Z, nós listamos algumas dicas, curiosidades, experiências e pontos visitados em nossa viagem para Marraquexe em Marrocos.

 

A – Amal Women’s Training Centre


Amal é uma associação de empoderamento feminino que acolhe, assiste e treina mulheres em condições difíceis em uma sociedade extremamente machista para que as mesmas tenham uma melhor condição de vida.

Para ajudar a se financiar, a Amal oferece cursos de culinária marroquina para turistas que é um deleite. São quatro horas experimentando novos sabores, cheiros. E o melhor que ao final da aula você saboreia o que cozinhou. É necessário fazer reserva pelo site e para chegar ao local somente de taxi.

Vale muito a pena ajudar o trabalho feito pela associação.

 

B – Bahia Palace


Bahia Palace é um oásis no meio de Marraquexe! Com quase oito mil metros quadrados, você vai encontrar por lá, lindos jardins, trabalhos de madeira ricamente detalhados e os mosaicos tipicamente marroquinos! Visite-o meio que depois do almoço, após as excursões e aí o lugar vai ser praticamente todo seu.

 

C – Café des Épices


Um restaurante bem gostosinho para fazer uma parada estratégica. Localizado em uma praça cheia de barraquinhas com artigos feitos de palha super coloridos, o Café des Épices é kids friendly e tem uma comida gostosinha a um preço razoável.

 

D – Dar Si Said


Dar Si Said foi o nosso primeiro museu em Marraquexe e ele ditou o que veríamos nos próximos dias: muita cor, lindos trabalhos feitos em madeira, mosaicos e por aí vai. O legal mesmo aqui é o lugar e não o museu em si, viu… E como ele fica colado ao Bahia Palace é mais vazio que o primo famoso.

 

E – Estude a região dos souks


Aqui vai algo que pode ajudar, nas horas de perrengue. A região da medina que comtempla os famigerados souks é enorme, cheia de ruelinhas que vão de lugar algum para lugar nenhum. Para não se perder horrores, pegue o mapa, estude e memorize o caminho.

Mas mesmo assim você vai se perder e ter que pedir ajuda… E ter que pagar por essa ajuda… Isso aconteceu conosco, pois o sinal do celular e mesmo internet não eram lá aquelas coisas. Então, estude e economize din din e stress.

 

F – Museu de Fotografia


Museu pequeno e simpático que conta a história de Marraquexe e do Marrocos através de fotos ao longo dos anos. No último andar, no terraço tem um café com vista para a medina.

 

– Le grand balcon du café Glacier


Café Glacier foi o nosso primeiro contato com o Marrocos, Marraquexe e a praça Jemaa El Fna. Vimos o primeiro pôr do sol e tomamos nosso último chá de menta lá antes de voltarmos para casa.

E o mais legal é ver como a praça se transforma durante o passar do dia. Desde as primeiras rodas de dança a serem formadas durante a manhã, os vendedores de água chegando, o pôr do sol anunciando a montagem das barracas de comidas e a profusão de sons, cores e cheiros.

Só no Café Glacier dá para ter essa visão do caos organizado. Ah! Os preços são superfaturados, claro.

 

H – Hora Mulçumana

Já tínhamos visitado países mulçumanos anteriormente, mas em Marraquexe foi a primeira vez que ficamos em um hotel que era coladinho a uma mesquita. Ou seja, às 5 da matina, erámos acordados pelo chamado da oração. Mas, o que mais foi legal de ver foi ver a movimentação das pessoas durante. É lindo e emocionante.

 

I – Informações

Para evitar a fadiga, peça informações somente em restaurantes, riad / hotel ou na lojinha que você acabou de efetuar uma compra. Fora essas situações, sempre vai ter alguém que vai querer te ajudar e aí você precisa dar um agrado à pessoa. Como disse anteriormente passamos por essa situação, pois estávamos extremamente perdidos e um cara veio “gentilmente” nos ajudar… E depois pediu 10 Dihrams. Eu sei que não é muito, mas o jeito de pedir no final não é nada amigável sabe…

 

J – Jardim Majorelle e Jardim da Menara


Em relação ao Jardim Majorelle do Yves Saint Laurent, eu nem preciso falar que este lugar é mega famoso, não? A casa de cor azul em contraste com o verde exuberante dos jardins é figura carimbada no Instagram, Pinterest e por aí vai. Gostamos muito de visitá-lo, principalmente a exibição de roupas sobre a cultura berbere marroquina. Realmente sensacional. O Café Majorelle também é bom, com comidinha boa para saciar a genoveva e preço razoável considerando o local. Para chegar e voltar, nós fomos de táxi.

 

Olha depois do Majorelle, o Jardim Menara é legal, mas só. O que mais gostei foi poder ver as montanhas do Atlas atrás do pavilhão. Dava para vê-los mesmo até no reflexo do espelho d’água. Fomos a pé do nosso riad até lá, parando no shopping Ménara para nos abastecermos de água. Só que foram 40 minutos embaixo do sol… Era inverno, mas o sol estava implacável esse dia.

 

K – Koutoubia Mosque

Foi um dos lugares que a baixinha mais gostou. Ela adorou o enorme minarete que chama as pessoas para as orações diárias e, claro, do jardim que fica atrás da mesquita, cheio de laranjeiras. É um bom lugar para descansar da praça Jemaa el Fna e dos souks.

 

L – La Mamounia

Como iríamos passar o Natal em um país muçulmano, já sabíamos que não iríamos conseguir celebrá-lo com a típica ceia e etc. Então decidimos dar um up e visitar o La Mamounia, o hotel mais chique de Marraquexe, para um chá da tarde. As áreas abertas ao público são deslumbrantes e o chá é bem gostosinho, dando uma pausa essencial no caos da medina. Viram que fazer pausas é importante, não? Tanto que ficamos por lá até o finzinho do dia, aproveitando bem o lugar.

 

M – Medersa Ben Youssef e Museu de Marraquexe




A Medersa Ben Youssef foi o local que de longe mais gostei em Marraquexe. A escola de estudos islâmicos é um exemplo puro da arquitetura e expressão artística de Marrocos.

Cada cantinho da escola possui detalhes lindos, sejam nos mosaicos nas paredes, nas portas, deixando qualquer um de boca aberta. Quando fomos o local estava cheio, mas é só se embrenhar pelos cantos da escola que você consegue achar um local tranquilo para fazer aquela foto.

O Museu de Marraquexe fica exatamente no centro da medina de Marraquexe, é bem pequenino, mas meu amigo o que é aquele lustre enorme no pátio? Eu adorei! As salas laterais também são pequenas, contudo a luz natural deixa as salas com um ar de mistério.

 

Veja também outras 50 fotos que tiramos de nossa viagem para Marrakech no Marrocos.

 

N – Nomad

Fomos ao Nomad, com a expectativa lá em cima, já que todo mundo falava mil e uma maravilhas desse café. No final, foi tudo muito nhé, sabe… O Café des Épices que fica do ladinho, e que já falamos nessa lista, manda melhor e é mais barato.

 

O – Onde ficar




Sem sombra de dúvidas, o melhor lugar para se hospedar em Marraquexe é dentro da medina, que é a área fortificada, murada, de uma cidade marroquina. Costumar ser a área antiga, onde há o comércio e precisa ser protegida de eventuais invasores. No caso da medina de Marraquexe, ela foi fundada em 1701 e onde estão os maiores Souks do Marrocos. Por isso se hospedar fora da medina, reduz consideravelmente a experiência.

Outro dica, é se hospedar em um Riad ao invés de hotéis convencionais. Riad são casas tradicionais marroquinas, super charmosas, que dão um toque especial a toda experiência da viagem pelo país.

Nós nos hospedamos no Riad Palais des Princeses, pertinho da praça Jemaa el Fna e com atendimento muito bom. O que mais gostei desse Riad foi o terraço, que tem vista para as montanhas Atlas e para a própria medina.

 

P – Praça Jemaa el Fna e Palais el Badi




A praça Jemaa el Fna é o coração de Marraquexe, onde acontece de tudo e onde estão todos por lá. São turistas, músicos, dançarinos, os famigerados vendedores de água, encantadores de serpentes, macaquinhos, dentistas, contadores de histórias, vendedores ambulantes, barracas de suco, barracas de comida e por aí.

Como disse anteriormente, o legal é ir para a praça em diferentes horários do dia, para poder ver todas mudanças que ocorrem no local. A experiência é única. E por incrível que pareça, apesar de ser mega lotada, o local é seguro. Tem muito policial na praça, mas não dá pra ficar dando mole pra batedor de carteira, né?

Já o Palais el Badi, que é um palácio em ruínas e um parque gigante, eu achei o local mais ou menos. Tudo bem que tem uma vista bem legal para as montanhas, mas se tiver com o tempo de viagem apertado, pode pular sem culpa.

 

Q – Quando ir e quanto tempo ficar

Em relação a época do ano, acho que acertamos em cheio ao ir em dezembro, no começo do inverno. Os dias estavam lindos, sem chuva e a temperatura agradável na casa dos 23º durante o dia e uns 5-6º a noite. E ainda pegamos neve nas montanhas, o que deixou o passeio ainda mais interessante ainda.

Outra época que deve ser bem legal é a primavera, ainda com temperaturas amenas e antes do Ramadã.

Já em relação a duração de viagem, para conhecer só a cidade de Marraquexe, acho que 4 dias é suficiente. Nós ficamos 6 dias somente em Marraquexe e mais 3 dias rodando por cidades próximas. Porém estávamos com nossa filha pequena, o que exige mais tempo para o curtir o local sem stress.

 

R – Roti D’or e Restaurante Argana



Roti D’or, um pequenino restaurante escondido no meio do souk Kessabine que amamos! Eles fazem um hambúrguer com gostinho de kebab, sabe? A batata frita é dos deuses, crocante, sequinha. Tudo de bom! Tanto que fomos 3 vezes lá… E o preço é justo.

Nós jantamos no Restaurante Argana uma noite e com ele queimei a língua. Fui meio contrariada, pois tem bastante cara de restaurante pega turista, mas a comida estava muito boa, atendimento bacana, sobremesa divina e, o melhor de tudo, com uma bela vista para a praça Jemaa el Fna. Ou seja, uma boa alternativa ao café Glacier.

 

S – Souks




Ah, os Souks… São fascinantes, vibrantes, muvucados e a gente pode encontrar de tudo.

São grandes labirintos nos quais motos e pedestres dividem o ínfimo espaço quase a tapa. Na medina de Marraquexe, os souks são meio que divididos, com áreas de roupas, acessórios, couro, tinturaria, ervas, alimentos (destaque para as famigeradas azeitonas), artefatos de metal e por aí vai.

É um passeio cansativo, mas que fica marcado para sempre.

 

T – Tombeaux Saadiens e Táxis


As Tombeaux Saadiens é o local onde os restos mortais dos governantes da dinastia saadiana estão enterrados. As salas onde estão os túmulos são bonitas, com colunas totalmente trabalhadas, mosaicos com a arte tipicamente marroquina. A visita é bem rápida, mas se tiver um tempo extra, o jardim do local também é interessante.

Usar Táxi em Marraquexe é  um assunto interessante, mas prático. Existe uma tabela de preços, como por exemplo para o Aeroporto, porém culturalmente você terá que muitas vezes negociar com o motorista, que tentará tirar uma casquinha. Uma dica importante é não pegar táxi diretamente na praça Jemaa el Fna ou em frente de hotéis famosos, como o La Mamounia. Tivemos um melhor preço em frente a mesquita Kotoubia.

 

U – Última chance de compras: Aeroporto


Para quem ama comprar e ainda tem alguns dihrams para gastar, o Aeroporto de Marraquexe tem algumas ofertas de compras. O preço é um teco maior do que na medina, mas pelo menos os vendedores não são tão invasivos e insistentes. Eu comprei algumas coisinhas por lá e não me arrependi.

 

V – Vendedores e artistas marroquinos





Bom aqui vai a mais importante dica: tenha paciência, paciência e paciência.

Nós até achamos que seria pior (nós achamos que Dubai foi até pior), mas se não tivéssemos colocado um mantra de paciência na caixola, acho que ficaríamos um pouco aborrecidos. O lado ruim é que não dá para parar em uma loja e olhar o que você quer comprar, dar aquela namoradinha sabe… A insistência é algo da cultura de vendas marroquina, então o melhor a fazer é treinar os olhos para conseguir sapear o que mais agrada, sem precisar parar.

Na praça Jemaa el Fna, a dica é fazer cara emburrada e responder um “não obrigado”, se não os vendedores podem até pegar no braço e por aí vai… não vão desgrudar facilmente, carrapatinho viu.

E claro, não deixe de respeitar a cultura local e, mais uma vez, tenha paciência para que os vendedores não estraguem sua experiência em Marraquexe.

 

W – Wanderslust pelo Marrocos

Nós não ficamos somente em Marraquexe.

Queríamos conhecer outras partes do Marrocos, mas não queríamos ter que mudar de hotel e etc. Assim achamos na internet da vida a Rita Leitão, uma portuguesa que mora há anos no Marrocos e que tem uma agência de turismo. Com ela, compramos três passeios: Essaouira, Ait Ben Hadoud e Cascata do Ozoud.

Não deixe der os posts de cada uma dessas viagens:

 

Os guias foram super pontuais, profissionais e gentis. Nós ficamos bastante satisfeitos.

 

X – O “X” da questão, como se vestir no Marrocos


Na hora de montar a mala para o Marrocos, é legal levar em consideração que estamos falando de um país muçulmano e conservador.

Isso não significa que é necessário cobrir da cabeça aos pés, mas é legal mostrar respeito ao lugar. Então, como era inverno, eu acabei levando vestidos longos para serem usados com calça legging, calça jeans e blusas levinhas de manga comprida. No verão vestidos longos e que cubram também os ombros são uma boa pedida. Para os homens é mais tranquilo, assim como para as crianças.

No caminho, a gente se esbarrou com algumas mulheres de shorts curtinho e regatinha. E dá para perceber que o pessoal olha mesmo e até mexe, faz comentários. Eu acho melhor respeitar o costume, do que ter chateação na viagem.

 

Y – Ibn Youssef Mosque

Ao lado da Medersa Ben Youssef e do Museu de Marraquexe, a mesquita Ibn Youssef Mosque é aberta somente para muçulmanos. E infelizmente por fora não dá para ver muita coisa, mas se conseguir subir em algum outro prédio alto, a vista da cúpula da mesquita é muito bonita.

 

Z – Zwin Zwin Café



Este foi o café, junto com o Roti D’Or, que mais gostamos. Nós fomos ao Zwin Zwin Café para jantar no rooftop e foi bem legal. O atendimento é bom e a comida gostosinha com preço justo.

A vista da medina à noite é muito bonita, mas o que mais gostei foi poder ouvir os diversos sons provenientes da vida marroquina.

 

E também já escrevemos como foi nossa experiência de viagem em países muçulmanos.

 

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