Atacama – Gêiseres del Tatio e Pukara de Quitor

Nossa viagem por San Pedro de Atacama não poderia ter um dia tão diferente.

Iniciamos madrugando para ter uma experiência totalmente nova: ver os Gêiseres del Tatio expelindo sua água quente e seus vapores contra a luz do amanhecer.

Saímos às 4:00 da matina do hotel e durante uma hora fomos serpenteando nas estradinhas do Atacama até chegarmos no campo geotérmico onde os gêiseres ficam. Olha, estava um frio, mas um frio que não estava acreditando, até que o guia nos falou que a sensação térmica nos campos era de -15ºC! Hahaha… aí não tinha como continuar se enganando. 😛 E o pior é que as roupitchas que compramos não foram suficientes para aguentar o tranco. Acabei descobrindo que para enfrentar frio não se pode economizar em roupa térmica, ela realmente precisa ser realmente boa. Mas isso custa din din, coisa que eu não tinha na época… #pobre, pobre, pobre de marré deci# 🙁

Mas o espetáculo que os gêiseres proporcionam não tem igual! Brincamos que nem crianças e outros adultos também agiam da mesma forma 😀 Sem medo de serem felizes!!!

Ficamos nos campos até o sol sair de vez e começar a esquentar o local. Aí o espetáculo acaba, pois a diferença de temperatura vai diminuindo até não ter mais nenhum vaporzinho saindo e também as diferenças de luzes e sombras irem embora. Aí a aparência do campo geotérmico é de um queijo suíço… um lugar com vários buracos com água fervendo.

Geralmente no retorno à San Pedro, as agências fazem uma parada no povoado de Machuca, para logo irem paras as piscinas geotérmicas. A nossa, não parou em Machuca, mas em compensação deu oportunidade ao pessoal que queria mergulhar em águas quentinhas, como o maridoviski fez, um local super isolado para todo mundo se esbaldar! E como sempre só tinha o nosso grupo foi muito bom.

Mas eu  não encarei, enquanto meu querido e amado ficava boiando em águas quentes e fedorentas, eu fui andar pelo local. Que sensação boa e esquisita… fiquei com medo de ser largada pra trás… pois eu estava sozinha, sozinha com uns coelhinhos e uns pássaros… Acabei me afastando demais do grupo e tendo um pouco da experiência que é andar pelo deserto. O que apesar do medo, foi uma experiência maravilhosa.

A nossa próxima parada foi conhecer um oásis, onde tinha vários cactos gigantes centenários. Segundo o guia o cacto cresce um centímetro ao ano e nesse lugar tinha cactos com até 3 metros… Ou seja, fazendo um conta rápida, são cactos de até 300 anos de idade.

Ah! Vimos uma cachoeira em pleno o deserto! 😀 Logo depois das fotos, retornamos a San Pedro.

Como ainda tínhamos a tarde livre, decidimos alugar uma bicicleta para dar uma volta na região. Na loja que pegamos as magrelas, recebemos um mapa com as trilhas a serem feitas e no final das contas decidimos visitar a Pukara de Quitor, que é uma fortaleza da era pré-incaica.

São mais ou menos 3 km de San Pedro, em estrada de terra atravessando um riacho. Parece muita coisa, mas na verdade super tranquilo. Fora que é muito legal é curtir a paisagem e ver o vulcão Licancabur sempre ao fundo.

Visitamos as ruínas e lá no alto se tem uma linda paisagem do vale e de San Pedro. Sendo bem cliché, uma boa recompensa por cada passada ladeira acima.

Para finalizar o dia, eu tinha que tirar uma foto na placa da cidade, aproveitamos as bicicletas e fomos até a entrada da cidade. E a foto é uma das que mais guardo com carinho. 🙂